O aumento dos custos relacionados aos planos de saúde nos últimos anos tem trazido preocupações para os usuários dos serviços. A tendência ascendente é frequentemente influenciada por uma série de fatores da economia brasileira.
Entre eles, estão o Valor de Custeio Médico Hospitalar (VCMH) e o Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M). Explorar o funcionamento dos indicadores e como eles agem sobre os preços dos serviços de saúde ajuda a compreender melhor os reajustes.
Portanto, confira neste artigo o que é o VCMH e o IGP-M, além de como se posicionar de maneira informada diante dos seus efeitos sobre os preços dos planos de saúde!
O que é VCMH e IGP-M?
Para o completo entendimento da relação VCMH, IGP-M e planos de saúde, você precisa entender os seus conceitos. O VCMH é um índice utilizado para medir os custos médicos e hospitalares, considerando diversos fatores, como inflação médica, custo de materiais e equipamentos.
Por sua vez, o IGP-M acompanha a evolução dos preços na economia, sendo calculado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele é composto por 30% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), 60% do Índice de Preços por Atacado (IPA) e 10% do Índice Nacional da Construção Civil (INCC).
Como funciona o reajuste dos planos de saúde?
Entendidos os conceitos de VCMH e IGP-M, saiba que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a responsável por regular o reajuste dos planos de saúde. Ela aplica regras específicas para diferentes categorias. O reajuste por idade é permitido apenas em faixas etárias pré-autorizadas e na data de aniversário da contratação do plano.
Para planos individuais ou familiares, a ANS define o índice máximo de reajuste anual. Nos planos coletivos, o reajuste costuma seguir regras específicas, podendo se embasar no agrupamento de contratos e no nível de sinistralidade, entre outros aspectos.
Como o VCMH e o IGP-M são usados nesses reajustes?
Depois de ver como funciona o reajuste dos planos de saúde, falta aprender como eles são aplicados. O VCMH é calculado com base em 4 fatores: custo das operadoras, o período de apuração, a amostra total de beneficiários e o critério de ponderação.
A partir dos itens se chega a um percentual usado para atualização dos preços, podendo ser diferente conforme cada seguradora.
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) divulga os resultados do VCMH periodicamente, valendo a consulta para fazer comparações. Por exemplo, o relatório divulgado em abril de 2024 mostra um VCMH de 12,7%.
Já o IGP-M é usado para a atualização de planos mais antigos, anteriores a 1999. Para os mais recentes, a ANS usa o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial da inflação, limitando o preço de reajuste de planos individuais e familiares.
Ademais, o órgão disponibiliza os dados e indicadores do setor, que ajudam o interessado na escolha desse tipo de serviço. Com esse conhecimento, você poderá se planejar no momento de contratar ou manter um plano de saúde.
Neste artigo, você aprendeu o conceito e a aplicação do VCMH e do IGP-M nos planos de saúde. Então não deixe de utilizar o aprendizado para orientar as suas decisões no momento de contratar uma operadora ou seguradora de saúde.
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