Para muitas pessoas físicas e jurídicas, o início de um novo ano significa também o momento de se preparar para o reajuste do plano de saúde. Em 2023, os planos individuais e familiares tiveram um aumento de 9,63%, enquanto os planos empresariais chegaram a subir, em média, 25%.

A repetição desse nível de aumento em 2024 pode afetar milhões de consumidores. Logo, o assunto tem gerado preocupação, já que muitos nem sempre têm outra opção para garantir o acesso à assistência médica de qualidade.

Neste artigo, confira como funciona o reajuste do plano de saúde, quais são as principais variáveis que influenciam esse cálculo e as expectativas de aumento para 2024. 

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O que é o reajuste de plano de saúde? 

Como o nome sugere, o reajuste do plano de saúde é um aumento no valor das mensalidades cobradas pelo serviço. Esse acréscimo nas parcelas mensais pode ocorrer em diferentes situações. Veja exemplos:

  • reajuste anual: considera a variação dos custos médico-hospitalares, como inflação médica, aumento de despesas com procedimentos, entre outros;
  • reajuste por faixa etária: ocorre quando o beneficiário completa uma idade que o classifica em uma nova faixa etária dentro do plano;
  • reajuste por sinistralidade: é baseado na utilização dos serviços de saúde pelos beneficiários do plano, afetando principalmente os planos coletivos.

Como ele funciona?

Independentemente do tipo de reajuste, os beneficiários devem ser informados com antecedência sobre ele, conforme determina a legislação vigente. Os planos individuais e familiares, por exemplo, possuem limites definidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Já para os planos empresariais, a ANS não fixa um teto para reajuste, sendo determinado por cada operadora. Essa pode ser uma das justificativas para a diferença no percentual de aumento desses planos em relação aos individuais e familiares ocorrida em 2023, como você viu.

Quais são as variáveis para calcular o reajuste?

O reajuste dos planos de saúde depende de fatores econômicos, operacionais e de mercado — além do atendimento à lei. Entre eles, estão o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o IVDA (Índice de Variação das Despesas Assistenciais). 

O primeiro mede a inflação geral do país, enquanto o segundo acompanha a variação dos custos de saúde. As despesas administrativas, sinistralidade e as condições de mercado também afetam os reajustes. 

Vale destacar que, quando necessário, a ANS pode ser acionada para buscar equilíbrio nos valores cobrados. Desse modo, é possível evitar aumentos abusivos.

Quais as expectativas de reajuste para 2024?

Considerando os aumentos ocorridos em 2022 e 2023, e a alta inflação médica no Brasil em 2023 — de 14,1%, é esperado que esse custo seja repassado aos segurados. Assim, o teto de reajuste para planos individuais e familiares em 2024 deve ficar em torno de 15,5%.

Já nos planos empresariais, o percentual de aumento pode repetir o ano anterior, alcançando 25%. Contudo, nesse caso, o valor de reajuste costuma acompanhar o percentual de sinistralidade de cada operadora, podendo variar consideravelmente.

Neste artigo, você aprendeu o conceito e o funcionamento do reajuste do plano de saúde, e viu o que esperar para 2024. Então não deixe de acompanhar os avisos de aumento enviados pela operadora contratada e, se for preciso, busque a ANS para restabelecer o equilíbrio do seu plano, ok?

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